terça-feira, 16 de outubro de 2012

Farrapos de poeta.

 
O molde
    Um poeta sem rumo era ele como um anfiteatro sem cortinas empoeiradas, astuto executivo ou apenas um comediante, mas sem o farfalhar das bocas vertiginosas, não sabe-se se vivia a sonhar ou se era apenas tolo, podia ser amor, ou paixão quem sabe, ou um surto de embriagues.
    Um anjo do céu, flores desvanecidas, o doce dos lábios com ardor quente nos olhos que parecia sair das nuvens em uma ponta cor de rosa ou de nudez não importava, um fio tecendo a vontade de sentir o poder sutil de sua sonoridade, deusa dos mares, nuvem que se vai junto ao sol no crepúsculo levando a luz que move a mente súdita do porta apaixonado.
    Ébrio e sonolento com espadas e tufões, nada tinha a oferecer além de rascunhos épicos e palavras enfeitadas.
    Se o poeta não ama, homem algum amara alguém por toda a eternidade pois quem melhor que ele para escrever as palavras das mulheres de forma integra?
    Escrupuloso é o poeta esperando o primeiro encontro, por principio exige de virgulas até exclamações nas cartas velhas e surradas, posteriormente pinta até princesa e rainha imaginado mulher romântica e de princípios, mas são apenas analogias de um poeta intrigado.
    Se um dia precisar conjugar a palavra amor procure um poeta sem rumo, ele mostrara o caminho da mais alta nuvem.
(Larissa Roncaglio)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Existem pessoas assim...


      Então vamos amar até o amanhecer, tocar o sol com o pensamento, olhar claro, cintilar diferente, são os mesmos, mas  quem disse que o sol e a lua nunca se encontram. Quando os olhos se encaram nada é tão puro quanto se parece, tudo muda a cada toque transformando o espaço em tempo, que palpita sem pedir opinião dos dois apaixonados, sente-se o arrepio na pele, ninguém venera a situação mais do que os dois apaixonados, além do suave  toque são as palavras para aqueles dias de inverno em que a lua estremece a não ver o seu querido, a aqueles que sofrem por estarem longes ou perto demais, a aqueles que desejariam um abraço mas choram por não ser possível, pêsames a aqueles que não podem sentir o cheiro tocar os dedos vagarosamente e ouvir as finas palavras soadas do coração, ruindo longe e desarmando-as, pêsames a aqueles que estão perto mas não se presenteiam o quanto devem ao amor que estão como a lua e o sol mas que a chuva sempre atrapalha, mas tem um conceito que nem a lua nem o sol nem a distancia e nem o amor pode desfrutar mas eu posso porque mesmo longe perto sol ou lua a chuva, por mais devastadora, não pode ter amor tão leal e obscuro como quem ama...
---->Existem pessoas assim, que deixam a desejar, que te fazem acreditar que você é um vão, que te criticam, ou desejam males, com o tempo perde-se o sentido das palavras, principalmente do amor, existem pessoas que amam e que merecem você, que acredita poder olhar nos olhos e fundir-se com segurança de que nunca vai deixar sua alma cair em um poço fundo , ou pular da ponte, não tornara sua mente frenética e nem um coração triste como o do sol e a lua. 
(Larissa Roncaglio)

domingo, 10 de junho de 2012

Capitulo 7


                                                                      Capitulo 7
                                                              Primeiras impressões.
O inverno encontrava-se terrível, Luce acabara de se preparar para a aula com ajuda de um manual que se deparava em um livro extremamente grosso com folhas íngremes de capa vermelha, nele estavam letras grandes, folhando desinteressada com o conteúdo, apenas lembrava que os alunos que não comparecerem levam detenção, um sinal barulhento tocava sem parar atormentando seus ouvidos, de mal grado Luce apanha sua bolsa preta com pingentes delicados e sai apressada.
   O vento assobiava fazendo eco no corredor branco e vazio,  que apenas se desviava em centenas de portas azuis, uma multidão surge atrás de Lucinda, cheia de duvida não entendia quem eram aquelas pessoas “normais” que nunca tinha visto nos cômodos do manicômio desde que chegara, aqueles indivíduos transpassavam as portas como rotina, estava perdida, até que uma menina morena de olhos verdes a chama:
“Novata? Chamo-me Jordina Sprices e vou ser, digamos sua irmã mais velha.”
Lucinda era tímida e não costumava se soltar a primeiras impressões, então supre as pequenas palavras:
“Lucinda Lerman.” Descontraída Jordina opina:
“Que faces são essas se é o que você esta pensando nem todo mundo aqui é louco, ou assassino, apenas parte disto.” Com risadinhas finas diz adeus:
“Lucinda espero que fiquemos em aulas semelhantes e torça para que não caia na turma do Sr. Bulevan.”
Quem era Sr. Bulevan e o que lhe fazia um professor ruim Luce não sabia, precisava entrar em alguma sala que correspondesse ao seu horário, estava sozinha até que esbarra em uma garota extremamente rosa, parecia ser a meninas mais bonita que já houvera visto, suas vestes refletiam e as deixavam tonta.
“Desculpe-me.” Disse Luce olhando para seus pés insegura de qualquer ato.
“Quem é você? E o que lhe da direito a falar comigo? Sujeitinha...” Diz ela com um risinho de superioridade passando um batom Pink em seus finos lábios.
  Luce começara a se desesperar quando a Sr. Macgaler surgiu com um sorriso amarelado, encaminhando Lucinda até a ultima sala do corredor, parecia ser a mais velha e usada sala daquele lugar, chegando a porta todos a depararam olhando-a com olhar critico, e a padronizando.
“Sr. Bulevan, essa é Lucinda Lerman, é sulista espero que todos a recebam-na com muito desvelo.”
A face de Lucinda latejava de palidez, ouvia o nome do professor sem afeição, mas logo uma miragem a corrompe, parecia fazer seu coração parar e sugar sua respiração, não ouvia o que Sr. Macgaler estava proseando, uma pequena fita de cetim preta cintilava obscura na ultima carteira da sala, de cabeça baixa parecia desejar que nunca estivesse em um lugar como aquele, erguia a cabeça lentamente fazendo com que Lucinda perdesse os atos, os lábios eram claros tão como os olhos cinzas e pele macia como ceda, a olhava fixamente por um segundo, sentia-se o cheiro delicado de seu perfume a fazia delirar, Luce o adorava mas ele parecia nem a notar, resplandecia o seu medo, a paixão, que vem sorrateira e derruba muralhas, que supre consciência e afeta opções, que a faz querer sonhar mesmo que longe ou aos subúrbios, que mente e trai, mas que ensina e concerta.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Capitulo 6


Capitulo 6
                        O reflexo.
Lucinda abria a porta do seu quarto sorrateiramente, exausta e preocupada, invadida de duvidas, e perdida entre memorias, pensava fortemente em tudo que havia escutado na sala da Sr. Macgaler. Luce via riscos e vultos sua dor de cabeça não havia passado, quando Luce apoiou-se junto a sua cama, algo se chocava ao chão produzindo um ruído seco e pesado, Luce não compreendia de onde o barulho vinha, então o barulho retornou, batia em frequências curtas, um barulho que fez Lucinda parar com os olhos arregalados olhava para baixo da cama, como se estivesse falando com alguém, Luce continha-se paralisada e tétrica, alguém tomava posse de seus movimentos e seus atos, Luce se abaixava estranhamente como fosse apanhar algo, direcionava suas mãos sincronizadas para o escuro nada se via, quando algo pegava em seus punhos fazendo Luce gritar de dor pelos seus ferimentos, assim puxou-a.
    Lucinda abria os olhos e não estava mais em seus aposentos, o lugar não parecia estranho sentia-se familiar, estava extremamente escuro e assustador, tudo girava em torno dela, correndo desesperada parecia não haver saída quando uma luz branca pisca longe, Luce se aproximava cada vez mais, um espelho de moldura delicada e rustica que formavam ondas douradas, refletia seu reflexo, mas um detalhe em sua face lhe chamava atenção, o reflexo de Luce estava triste seus lábios secos e seus olhos escuros, o reflexo elevava seu braço direito para cima, e com seu dedo indicador apontava para traz de Luce, seu medo a fez olhar, então o reflexo sai do espelho dando voltar acima de sua cabeça, movia-se tão rápido que não se podia acompanhar, lançando chamas ao chão tudo começava a pegar fogo, Luce ouvia gritos distantes e algo a fez parar, o clamor não era estranho, olhando para o lado uma garota de sua estatura estava parada com os braços moles em vão, suas pele obtinha queimaduras profundas e em sua pequena mão estava uma boneca, uma boneca de vestes cor rosa. Luce se distanciava daquela imagem que via em sua frente, recuava lentamente, mas a garotinha desconhecia parecia se mover rapidamente dizendo:
“Queime junto a nossos pais.”
Um vulto tocava em Luce fazendo-a apagar. Lucinda se desperta estava em seu quarto no manicômio, suas vestes brancas da enfermaria ainda colavam-se ao corpo, deitada no chão apertava uma boneca em seu peito. Luce apavorada lança a boneca ao chão fazendo a boneca repetir:
“Vou pegar você.”
A fez pensar que tudo foi real.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Capitulo 5


Capitulo 5
                   Memórias perdidas.
  Uma precipitação de balões coloridos e pequenos sorrisos raiavam no dia 10.05.2008, era seu aniversário completava seus 10 anos, as crianças corriam livres com o gostinho doce que ainda restava em suas bocas, Luce com seus cabelos louros como mel e olhos azuis como tinta aquarela, carregava os traços da mãe saltitando de passos leves.
     O jardim da casa dos Lerman fitava-se rosas brancas que reinavam no reino das copas, tão belas quanto Luce que as cuidava com tanto afeto, suas mãos suaves tocavam as pétalas com tanto carinho que ouvia-se grunhir o puro agradecimento. Toda manhã Luce voltava-se para o jardim com sua pequena irmã Mabel, uma boneca de bochechas coradas e lábios grossos que se podiam ver cerejas por consequência de sua cor, era cinco anos mais nova que Luce seu cabelo era comprido levado por uma enorme trança amarelada, que bagunçada  por seu irmão Filipi Lerman um inspirado a Einstein que vivia carregando um livro entre braços, tinha seus míseros 7 anos mas obtinha obsessões  para dominar o mundo com uma capa vermelha e um pedaço de pau de sabugueiro que por sua imaginação passava-se por uma espada, e se caracterizava como um guerreiro em sua batalha, Luce vivia contente e satisfeita, pois obtinha relações afetivas e não vivia sozinha, mas havia muita coisa que a família de Luce concluía-se banalidade, frases com meio versos,  historias mal contadas e baús subterrâneos.
     Com o passar do tempo Lucinda passava a ser mais amada, quando Lucinda chegava da escola, abria as cortinas empoeiradas do quarto para que o sol iluminasse os cômodos, com cuidado abria as janelas para que o vento sucumbisse e tocasse seus membros e levasse os papeis promovendo uma desordem. Lucinda venerava escrever em seu diário e fazer desenhos distintos, mas o que Luce não compreendia era o porquê precisava visitar um medico cada vez que perdia sua respiração, e após acordava em uma sala pequena cheia de preocupação que derrubava as paredes sobre mim.
    O dia tinha sido longo, Luce ganhara uma grande quantia de presentes, entre eles livros e algumas tintas para que pudesse libertar seus dons artísticos de um pequeno prodígio, mas entre esses presentes avistava-se uma boneca, uma boneca velha e amedrontada, com vestido que parecia de cor rosa desgastado, e tranças laterais que se assemelham as de Luce, havia uma carta com características pobres que parecia sido tirada da terra ou achada aos chãos, na carta recitava as seguintes palavras escritas com uma caneta com ponta extremamente fina.
“Dora esta pronta para nascer, deixe-a viver, deixe-a refletir em seu reflexo.”
Quando pequena Luce abre o envelope surrado, estremecia, a ponta de seus dedos congelavam e a boneca recitava:
“O espelho de Luce, o espelho de Luce, o espelho de Luce.”
E sinistramente as luzes de apagaram.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Capitulo 4


           Capitulo 4
                              Lastimar
  O primeiro dia no subúrbio do manicômio não houvera sido muito agradável, Lucinda acordava na enfermaria com os pulsos enfaixados e os olhos caídos, com mísera consciência que lhe restava. Os professores estavam reunidos nos aposentos bizarros da Sr. Macgaler, a sala ao lado de onde Luce estava, lhe permitindo escutar entre as finas paredes tenebrosas o que se passava.
- Senhora Macgaler é de extrema importância que Luce permaneça sob cuidados particulares- Dizia um senhor calvo de dentes amarelados, e paletó cinza de tecido surrado. – Suas atitudes são repugnantes, e corre um risco de vida colossal. – Afirmava com tom de certeza.
- Imagino que ela não saiba dos acontecimentos. – Sr. Macgaler com apreensão exprime. – Precisamos coração de ferro e garganta de aço, para lhe dizer que...
- Sr. Macgaler o advogado da Sr. Lerman está a sua espera no saguão.
    Lucinda fica furiosa, o que teria ela feito para padecer tão desventura, e para merecer cuidados particulares, Luce apanha o caderno de capa preta e suja que por intuição carregava-o consigo, subitamente abre o caderno com uma caneta de tinta preta as mãos, quando Luce apoia a fina e delicada ponta ao papel amarelado, a porta da enfermaria se rompe, e de traz uma voz sussurra.
- Tens certeza que é de sua ânsia fazer isto? – Luce arregala os olhos para testemunhar se havia alguém, mas a porta se fecha subitamente com um estrondo que podia se ouvir de longe.
  Um homem sátiro apresenta-se ao pé da porta, Luce não o conhecia e nunca terá o visto antes, logo vai entrando a enfermaria com pisadas reforçadas e expressão satisfatória.
- Lucinda Lerman? Chamo-me Lian Fitz, sou o misero advogado de seus pais, você se sente melhor agora? – Questionou-a com empolgação.
- Estou ótima, meus pais morreram e eu estou em um manicômio, prazer sou Lucinda a louca. – Disse Luce com tentativa de sarcasmo.
- Estou encantado em ver seus dotes artísticos, mas eles não me interessam, mas creio que esse assunto seja muito mais interessante. – Esclarece Sr. Fitz lançado as mãos de Luce um jornal hodierno que trazia uma imensa reportagem destaque, que o advogado apontava com seu grosso dedo indicador.
- Veja Lucinda, e entenderas.
  Em letras grandes e assustadoras recitava-se: “Família é aniquilada, acidente ou assassinato?” Logo a baixo em letras menores e apagadas que diziam: “ Fatos que levam garotinha atormentada a sobreviver.”

Mural do editor.

Presados leitores, sou muito grata por vocês que visitam meu blog e desfrutam dos textos, espero que tenham gostado, e que de certa forma criem uma certa expectativa sobre a leitura e o futuro, isso é muito importante para mim. O textos serão lançados a cada dia, e os capítulos a cada noite. Enviem seus comentários, e em causa de banalidades me informem...
                               Grata Larissa Roncaglio. 

Capitulo 3


                      Capitulo 3
                   O primeiro dia.
 Lucinda abria seus olhos preguiçosos, e estendia seus braços longos de uma menina de 15 anos, quando olha ao redor e estava em uma sala extremamente branca e oca, chegava a fazer eco entre as paredes estreitas causando melancolia ao seu coração, junto ao chão de concreto estavam uma cama sem graça, com cobertores feitos a mão, havia um armário de madeira preto e uma escrivaninha que portava um abajur todo empoeirado.
- Lucinda, alguém deixou isso para você no saguão. – Entrava no quarto uma moça magra e alta, de cabelos presos, com uma espécie de caderno de capa preta antiga, com uma grossa camada de poeira. – Sou a Jenny Macgaler estou ao seu dispor para o que precisar. – Fechando a porta saía de fininho.
 Corroendo os dentes Luce apanha o caderno, tétrica para ver o conteúdo, com seus dedos finos e olhos apreensivos procurava palavras, e de repente Luce nota um borrão de tinta preta no roda pé da folha, parecia estar a muito tempo lá, mas estranhamente era a única coisa que obtinha naquele caderno, as folhas permaneciam brancas e secas.
   Um dia extremamente chuvoso, nem se via o sol, coberto de nuvens iluminadas pelos raios raivosos, Luce nada tinha a fazer, mas uma folha emerge de baixo de sua porta com rapidez, letras grandes e vermelhas, lhe chamam a atenção, que podiam se ver de longe, na folha empresa só podia portar um péssimo assunto.
- “As aulas começarão a esta noite, os alunos que não comparecerem serão submetidos à detenção severa.”
                                ASS: Sr. Macgaler.
  Luce bufou alto, suspirando três vezes seguidas.
- Estava muito simples para ser verdade, me trancam em uma sala, só falta falarem que estou no país das maravilhas e preciso fazer circuncisão no chapeleiro maluco. – Rosnou com raiva, mas algo lhe chamou a atenção, a gaveta onde Luce colocara o caderno misterioso brilhava fortemente, lhe parecia miragem por um momento não cedeu atenção, mas recorreu até a escrivaninha e abriu a gaveta para retira-lo. Luce retorceu sua face parecia estar vendo ou sentindo algo.
- Não, não, não... – Gritava Luce altamente, logo que Sr. Macgale foi ver o que se passava no quarto de Luce, ao entrar atirada no chão estava Luce com seus punhos cortados escritos em ambos:
“Culpada.”

domingo, 3 de junho de 2012

Capitulo 2.


Capitulo 2               Um lugar desconhecido.    Dia 04.06.2012, hospital psiquiátrico a Santa Paz, três prédios obscuros que aspiravam medo e desordem, a vegetação não tinha mais cor, e os primeiros passos para o fracasso foram surgindo.     Lucinda acompanhada por dois homens uniformizados por  ela parecendo idênticos e irreconhecíveis, seguravam-na pelos braços com tanta força que pareciam estar encaminhando um bandido a sela. As vestes novas de Lucinda estavam amarrotadas, subindo as incontáveis escadas notava-se uma imensa porta de aço fechada aos mil cadeados, transpondo as portas Lucinda olha desesperadamente ao redor quando...- Lucinda Lerman?- Suplica uma senhora basicamente estranha de óculos com arroz pretos, e um batom berrante da cor do sangue que saía da boca de um estranho cidadão sentado em uma cadeira de rodas. – Pode me acompanhar até minha sala estou curiosa para conhecê-la. – Com um sorriso pavoroso puxava Luce pela mão.    Duas enfermeiras ou algo parecido com isso tiravam as vestes de Luce e a entregavam um pedaço de pano branco horrível, e frio. Ela não entendia nada e põem-se a perguntar:- Que diabos estão fazendo comigo? Onde estou?- Perguntou literalmente raivosa.- Em um hospício querida. – Disse aos fundos uma voz misteriosa.- Quem é você? E, além disso, quem é a louca aqui? – Muito mais confusa retrucou. Olhando para traz e avistou uma menina e por sinal muito bonita de longos cabelos louros como longos raios de sol mal penteados, olhos arregalados porem invadidos por olheiras de tristeza e passado.- Você – Disse a garota abandonando o local.Lucinda jogou-se ao chão branco como leite, mas sujo de ódio, se entregando as lagrimas rebateu-se gritando desesperada.

Capitulo 1


                         Capitulo 1.
                  Está tudo escuro.
   Basicamente todas as historias começam com um dia ensolarado, ou com a dor da nevoa cinza, mas está é uma historia diferente, não tem nevoa porque a tristeza encobre o ar, não tem sol porque a felicidade já não reina mais, há só uma nua e crua sala branca, o cheiro de tinta fresca entope minhas narinas subindo a cabeça e causando irritação, já não penso mais pois quando paro para delirar apenas más lembranças recorrem a mim, não importa o dia ou aonde estou um sopro forte levou tudo que há de mim. Torrente de responsabilidade no momento só me resta eu e meus dois irmãos...
                        ASS: Lucinda lerman.
      Folhas rolam aos ares é primavera, as luzes se acendem vagarosamente iluminado as pobres lajotas cor de creme, as estrelas longínquas sofrem por esquecimento, Rua Olivias 1602, uma casa humilde e bem merecida com telhado pontiagudo e tantas janelas e portas que fazem-te pensar o porquê, de cor suave e aspecto persuasivo, logo as entranhas um assoalho antigo mas de madeira fina coberto por imensos tapetes de crochê, nota-se um belo e rico lustre pareciam gotas geladas de chuva caindo ao chão e regando os quadros distintos pregados fortemente a parede. Espera-se dizer entre trovões que havia uma família, uma família feliz e unida, mas se você examinar entre a vergonha e o fracasso, nada se vê, entre a imensa lareira de tijolos e o vaso de flores mortas se escuta murmurar entre soluços, parece-me uma garotinha com seus nem completos 11 anos, de pernas entrelaçadas canta tristemente:
- Volte, volte para mim, diga-me aos sussurros que você voltara... - Lúgubre a garotinha aperta seu urso entre seus pequenos braços e suplica.- Havia fogo, haviam gritos, haviam meus pais a multidão, não me esqueço do que não quero recordar, ainda posso ouvir o clamor como se estivesse encostado a mim.
   A morte é uma divida repugnante que nenhuma pessoa deseja pagar, tirana ataca os que nada devem à vida, e deixam saudades e tristeza, e apenas aqueles que passam pelas dignas perdas sabem realmente o que vazio significa, o resto apenas tenta adivinhar. 

Um vazio cheio.




Um vazio cheio
   Quem sou eu? Um personagem em busca de sua própria história, um escritor com  suas silabas corretas, uma novela sem clímax, um livro sem paginas?
     Como descrever a minha vida, talvez construir uma historia vazia, mas cheia de coisas, mas pensando bem vazia não é a palavra apropriada, um espaço que possui matéria não possui vácuo, toda via matéria não é a questão em jogo o que estou citando não possui vácuo na verdade contem uma imensidão, são eles os vilões os sentimentos podem ser feios ou bonitos, mas não vale a pena aparência se são apenas abstratos, não se pode ver e nem tocar, para que os olhos neste momento se o que lhe resta é o coração, o sofrimento não pode ser esquecido, assim como a dor não quer ser sentida.
   Reflito agora se a dor não sente dor, se a paixão não ama, são vazios por serem ruins mas estão ai tão concretos. Sonhos são sonhados, desejos desejados, e a vida? Esperada? Quando queremos muito alguma coisa precisamos correr atrás, mas e a força para ajudar? Ela é também é abstrata, como ira me levantar quando eu cair, me acolher quando precisar, me incentivar quando desistir.
    Quando cada criança nasce dizem ser a mais bela e especial, então temos milhares de crianças belas e especiais, mas não é verdade, apenas reconhecemos o que esta a dois passos de nossa visão, quando o tempo passa a gente percebe que não é como parecia, ainda há pessoas que conseguem destruir cada cor do arco íris e roubar o pote de ouro. Antes você era a vitima, agora você escolhe em ser o mocinho ou o vilão. Mas não se destrói a teoria de que as pessoas são especiais, pois elas são, cada uma com seu jeito, com seus sonhos, sua dor, seu vazio.
    A vida é magica, é tão equilibrada, cada elétrons em seu lugar, é como um relacionamento ligado por um fio fácil de se romper, impedimento, obstáculo e parada, três palavras interligadas a “fim”, mas será que cada impedimento é um obstáculo que coincide uma parada ?
   O tempo é ilusão do homem, se humanidade humanizada engloba o assassino, celerado, criminoso, delinquente, facínora, homicida, matador, sicário, prefiro que o termo humanizado não existisse. Queria passar a entender que desistir, abdicar, renunciar, resignar e abster não levam a vitória, queria desvendar o boato, insinuação, murmúrio, rumor, sussurro, confidência e privacidade do premio final, mas sei que é necessário estrebuchar, guerrear, hostilizar, pelejar, rivalizar para chegar, e saber que vai sofrer, aturar, padecer, penar, resistir, suportar e tolerar.
      Árduo, complicado, laborioso, penoso, problemático, severo viver, tolerar, amar, sofrer, chorar, inquinado frescor de mentiras, incompreensões, desentendimentos, brigas, oportunidade para conhecer, saber , saciar-se de sabedoria, que constrói a vida, que engloba tudo, que escreve a palavra, que descreve existência, que prova que o vazio é cheio.
     A vida é inesperada, surpreendente, complicada ela nos mostra o dicionário da vida, e ensina o profundo significado da palavra ética, o verdadeiro rumo de um sonho, decifra o mais profundo dom que há dentro de nós.
     Parece duro, obscuro, negativo, secreto, mas autentico e real, a vida não é uma prisão, um escrúpulo, escura e má, ela é linda com vazios cheios, distinguida, individualizada e qualificada para ser vivida.
    (Larissa Roncaglio)

Amor e Óbito.

                                 




     Amor e óbito
Eles falaram, falaram, falaram, mas de nada adiantou, se as palavras são ditas em vão. Apaixonada por olhos de nunca vi, sorriso que nunca enxerguei palavras que nunca ouvi, lábios que nunca selarei um leal beijo, e rosas ardentes de amor como fogo e vermelhas como sangue que nunca receberei.
   Pequena apaixona pela paixão, mesmo sendo linda e cruel, não amo ninguém, amo apenas o cru e obscuro amor, procurando construí-lo, e não possui-lo. Amor verdadeiro que nunca existiu, força interior que nunca foi vista, contos apenas contos, historias inventadas, personagens ilusórios, imaginários, inexistentes, quiméricos, prova-te que é possível existir amor como Julieta e seu Romeo, Jack e sua Rosalina, mas jamais subsistiu individuo que merece tão penosa alma apaixonada.
    Apaixonada pelo crepúsculo ao entardecer, apaixonada pela chuva que chora tocando o chão, tudo é extremamente inspirador. Sou uma peregrina cogitando o fulgor, tentando descobrir minha metade, para não viver vazia.
   Verona, Itália 1898, cidade do amor, da paixão, dos amantes, me chamo Serena Bartolli, estudo em uma escola chamada Eugenio Montale construída por Italianos procurando preservar a cultura de minha nação, tijolos velhos e desgastados, pessoas limitadas de imaginação, constituem esse espaço. Em meus plenos 15 anos permaneço a auscultar o amor falso, e tenho minhas próprias conclusões e opiniões, estou em meio a uma aula de ciências exatas, perante não ser meu forte, eis que uma estranha figura comparece a porta velha de madeira corroída por cupim, cabelos loiros como o mel fresquinho do café da manhã, olhos pretos como a eclipse que raramente resolve resplandecer, lábios carnudos permitindo escutar doces palavras sem que falasses, destino selado aos olhos, e coração precipitado.  Parece tudo muito fácil, mas não se pode desvendar o que se passa na mente, o que se sente o coração, se é capaz de padecer uma mera poetisa.
    Senti a paixão de Verona, o amor à primeira vista, tentei cobiçar dele por alguns segundos, uma tristeza excêntrica invade minha mente, uma dor colossal conquista meu peito e uma razão desabrocha em minha mente “O amor não se fala, se sente, e suplico, quem possui o leal amor precisa de coragem de extinguir sua alma, e parar seu coração.” Sou mulher do pensamento, amante da palavra, e viúva da verdade.
(Larissa Roncaglio)

Eu sonho em ser escritora...

 Sonhar para que

Sonhar para que
Se o sol já não brilha mais como antes,
Se a chuva não toca a terra,
Se as estrelas não brilham.
Sonhar para que 
Se os sorrisos mentem,
Se os olhos fecham,
Se as palavras voam.
Sonhar para ser julgado
Sonhar para não crer
Sonhar por não ter
Sonhar por prazer
Sonho por mim
Sonho com ti
Sonho sozinho
Sonho o sonhar
Mas é real?
Real para quem quer,
Real para quem sonha,
Real para quem faz acontecer.
(Larissa Roncaglio)