domingo, 3 de junho de 2012

Amor e Óbito.

                                 




     Amor e óbito
Eles falaram, falaram, falaram, mas de nada adiantou, se as palavras são ditas em vão. Apaixonada por olhos de nunca vi, sorriso que nunca enxerguei palavras que nunca ouvi, lábios que nunca selarei um leal beijo, e rosas ardentes de amor como fogo e vermelhas como sangue que nunca receberei.
   Pequena apaixona pela paixão, mesmo sendo linda e cruel, não amo ninguém, amo apenas o cru e obscuro amor, procurando construí-lo, e não possui-lo. Amor verdadeiro que nunca existiu, força interior que nunca foi vista, contos apenas contos, historias inventadas, personagens ilusórios, imaginários, inexistentes, quiméricos, prova-te que é possível existir amor como Julieta e seu Romeo, Jack e sua Rosalina, mas jamais subsistiu individuo que merece tão penosa alma apaixonada.
    Apaixonada pelo crepúsculo ao entardecer, apaixonada pela chuva que chora tocando o chão, tudo é extremamente inspirador. Sou uma peregrina cogitando o fulgor, tentando descobrir minha metade, para não viver vazia.
   Verona, Itália 1898, cidade do amor, da paixão, dos amantes, me chamo Serena Bartolli, estudo em uma escola chamada Eugenio Montale construída por Italianos procurando preservar a cultura de minha nação, tijolos velhos e desgastados, pessoas limitadas de imaginação, constituem esse espaço. Em meus plenos 15 anos permaneço a auscultar o amor falso, e tenho minhas próprias conclusões e opiniões, estou em meio a uma aula de ciências exatas, perante não ser meu forte, eis que uma estranha figura comparece a porta velha de madeira corroída por cupim, cabelos loiros como o mel fresquinho do café da manhã, olhos pretos como a eclipse que raramente resolve resplandecer, lábios carnudos permitindo escutar doces palavras sem que falasses, destino selado aos olhos, e coração precipitado.  Parece tudo muito fácil, mas não se pode desvendar o que se passa na mente, o que se sente o coração, se é capaz de padecer uma mera poetisa.
    Senti a paixão de Verona, o amor à primeira vista, tentei cobiçar dele por alguns segundos, uma tristeza excêntrica invade minha mente, uma dor colossal conquista meu peito e uma razão desabrocha em minha mente “O amor não se fala, se sente, e suplico, quem possui o leal amor precisa de coragem de extinguir sua alma, e parar seu coração.” Sou mulher do pensamento, amante da palavra, e viúva da verdade.
(Larissa Roncaglio)

2 comentários:

  1. ooi amor *-*... Lívina aqui

    muito legal sua ideia viu...

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  2. Ah , o amor, quais singelas palavras, conseguem demonstrar tais sentimentos, quisera eu poder expressá-las com tais sentimentos e dedicação, uma melhor explicação, sem uma cautela de errar ao tentar demonstrar, o fruto de uma doce ilusão, que permeiam os pensamentos de um mundano como eu, que ouso dedicar os vagos pensamentos sem sentido, que tentam ao máximo refletir tais questionamentos. Suplicando que possas entender o seu profundo, mas assim tão vago sentimento. Que palavras ao vento se resumem o real. Porém, o que é real, quando se fala do amor. Ah o amor.

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