Amor e
óbito
Eles
falaram, falaram, falaram, mas de nada adiantou, se as palavras são ditas em
vão. Apaixonada por olhos de nunca vi, sorriso que nunca enxerguei palavras que
nunca ouvi, lábios que nunca selarei um leal beijo, e rosas ardentes de amor
como fogo e vermelhas como sangue que nunca receberei.
Pequena apaixona pela paixão, mesmo sendo linda
e cruel, não amo ninguém, amo apenas o cru e obscuro amor, procurando
construí-lo, e não possui-lo. Amor verdadeiro que nunca existiu, força interior
que nunca foi vista, contos apenas contos, historias inventadas, personagens ilusórios, imaginários, inexistentes, quiméricos,
prova-te que é possível existir amor como Julieta e seu Romeo, Jack e sua
Rosalina, mas jamais subsistiu individuo que merece tão penosa alma apaixonada.
Apaixonada pelo crepúsculo ao entardecer,
apaixonada pela chuva que chora tocando o chão, tudo é extremamente inspirador.
Sou uma peregrina cogitando o fulgor, tentando descobrir minha metade, para não viver vazia.
Verona, Itália 1898, cidade do amor, da
paixão, dos amantes, me chamo Serena Bartolli,
estudo em uma escola chamada Eugenio Montale construída por Italianos
procurando preservar a cultura de minha nação, tijolos velhos e desgastados,
pessoas limitadas de imaginação, constituem esse espaço. Em meus plenos 15 anos
permaneço a auscultar o amor falso, e
tenho minhas próprias conclusões e opiniões, estou em meio a uma aula de
ciências exatas, perante não ser meu forte, eis que uma estranha figura
comparece a porta velha de madeira corroída por cupim, cabelos loiros como o
mel fresquinho do café da manhã, olhos pretos como a eclipse que raramente
resolve resplandecer, lábios carnudos permitindo escutar doces palavras sem que
falasses, destino selado aos olhos, e coração precipitado. Parece tudo muito fácil, mas não se pode
desvendar o que se passa na mente, o que se sente o coração, se é capaz de
padecer uma mera poetisa.
Senti a paixão de Verona, o amor à primeira
vista, tentei cobiçar dele por alguns segundos, uma tristeza excêntrica invade
minha mente, uma dor colossal conquista meu peito e uma razão desabrocha em
minha mente “O amor não se fala, se sente, e suplico, quem possui o leal amor
precisa de coragem de extinguir sua alma, e parar seu coração.” Sou mulher do
pensamento, amante da palavra, e viúva da verdade.
(Larissa Roncaglio)
ooi amor *-*... Lívina aqui
ResponderExcluirmuito legal sua ideia viu...
Ah , o amor, quais singelas palavras, conseguem demonstrar tais sentimentos, quisera eu poder expressá-las com tais sentimentos e dedicação, uma melhor explicação, sem uma cautela de errar ao tentar demonstrar, o fruto de uma doce ilusão, que permeiam os pensamentos de um mundano como eu, que ouso dedicar os vagos pensamentos sem sentido, que tentam ao máximo refletir tais questionamentos. Suplicando que possas entender o seu profundo, mas assim tão vago sentimento. Que palavras ao vento se resumem o real. Porém, o que é real, quando se fala do amor. Ah o amor.
ResponderExcluir