Capitulo 7
Primeiras impressões.
O inverno
encontrava-se terrível, Luce acabara de se preparar para a aula com ajuda de um
manual que se deparava em um livro extremamente grosso com folhas íngremes de
capa vermelha, nele estavam letras grandes, folhando desinteressada com o conteúdo,
apenas lembrava que os alunos que não comparecerem levam detenção, um sinal
barulhento tocava sem parar atormentando seus ouvidos, de mal grado Luce apanha
sua bolsa preta com pingentes delicados e sai apressada.
O vento assobiava fazendo eco no corredor
branco e vazio, que apenas se desviava
em centenas de portas azuis, uma multidão surge atrás de Lucinda, cheia de
duvida não entendia quem eram aquelas pessoas “normais” que nunca tinha visto
nos cômodos do manicômio desde que chegara, aqueles indivíduos transpassavam as
portas como rotina, estava perdida, até que uma menina morena de olhos verdes a
chama:
“Novata? Chamo-me
Jordina Sprices e vou ser, digamos sua irmã mais velha.”
Lucinda era tímida
e não costumava se soltar a primeiras impressões, então supre as pequenas
palavras:
“Lucinda
Lerman.” Descontraída Jordina opina:
“Que faces são essas se é o que você esta pensando nem todo mundo aqui é louco, ou assassino,
apenas parte disto.” Com risadinhas finas diz adeus:
“Lucinda
espero que fiquemos em aulas semelhantes e torça para que não caia na turma do
Sr. Bulevan.”
Quem era Sr.
Bulevan e o que lhe fazia um professor ruim Luce não sabia, precisava entrar em
alguma sala que correspondesse ao seu horário, estava sozinha até que esbarra
em uma garota extremamente rosa, parecia ser a meninas mais bonita que já houvera
visto, suas vestes refletiam e as deixavam tonta.
“Desculpe-me.”
Disse Luce olhando para seus pés insegura de qualquer ato.
“Quem é você?
E o que lhe da direito a falar comigo? Sujeitinha...” Diz ela com um risinho de
superioridade passando um batom Pink em seus finos lábios.
Luce começara a se desesperar quando a Sr. Macgaler
surgiu com um sorriso amarelado, encaminhando Lucinda até a ultima sala do
corredor, parecia ser a mais velha e usada sala daquele lugar, chegando a porta
todos a depararam olhando-a com olhar critico, e a padronizando.
“Sr.
Bulevan, essa é Lucinda Lerman, é sulista espero que todos a recebam-na com
muito desvelo.”
A face de
Lucinda latejava de palidez, ouvia o nome do professor sem afeição, mas logo
uma miragem a corrompe, parecia fazer seu coração parar e sugar sua respiração,
não ouvia o que Sr. Macgaler estava proseando, uma pequena fita de cetim preta
cintilava obscura na ultima carteira da sala, de cabeça baixa parecia desejar
que nunca estivesse em um lugar como aquele, erguia a cabeça lentamente fazendo
com que Lucinda perdesse os atos, os lábios eram claros tão como os olhos
cinzas e pele macia como ceda, a olhava fixamente por um segundo, sentia-se o
cheiro delicado de seu perfume a fazia delirar, Luce o adorava mas ele parecia
nem a notar, resplandecia o seu medo, a paixão, que vem sorrateira e derruba
muralhas, que supre consciência e afeta opções, que a faz querer sonhar mesmo
que longe ou aos subúrbios, que mente e trai, mas que ensina e concerta.
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