Capitulo 6
O reflexo.
Lucinda
abria a porta do seu quarto sorrateiramente, exausta e preocupada, invadida de
duvidas, e perdida entre memorias, pensava fortemente em tudo que havia escutado
na sala da Sr. Macgaler. Luce via riscos e vultos sua dor de cabeça não havia passado,
quando Luce apoiou-se junto a sua cama, algo se chocava ao chão produzindo um ruído
seco e pesado, Luce não compreendia de onde o barulho vinha, então o barulho
retornou, batia em frequências curtas, um barulho que fez Lucinda
parar com os olhos arregalados olhava para baixo da cama, como se estivesse
falando com alguém, Luce continha-se paralisada e tétrica, alguém tomava posse
de seus movimentos e seus atos, Luce se abaixava estranhamente como fosse apanhar
algo, direcionava suas mãos sincronizadas para o escuro nada se via, quando
algo pegava em seus punhos fazendo Luce gritar de dor pelos seus ferimentos,
assim puxou-a.
Lucinda abria os olhos e não estava mais em
seus aposentos, o lugar não parecia estranho sentia-se familiar, estava extremamente
escuro e assustador, tudo girava em torno dela, correndo desesperada parecia não
haver saída quando uma luz branca pisca longe, Luce se aproximava cada vez
mais, um espelho de moldura delicada e rustica que formavam ondas douradas,
refletia seu reflexo, mas um detalhe em sua face lhe chamava atenção, o reflexo
de Luce estava triste seus lábios secos e seus olhos escuros, o reflexo elevava
seu braço direito para cima, e com seu dedo indicador apontava para traz de
Luce, seu medo a fez olhar, então o reflexo sai do espelho dando voltar acima
de sua cabeça, movia-se tão rápido que não se podia acompanhar, lançando chamas
ao chão tudo começava a pegar fogo, Luce ouvia gritos distantes e algo a fez
parar, o clamor não era estranho, olhando para o lado uma garota de sua
estatura estava parada com os braços moles em vão, suas pele obtinha
queimaduras profundas e em sua pequena mão estava uma boneca, uma boneca de
vestes cor rosa. Luce se distanciava daquela imagem que via em sua frente,
recuava lentamente, mas a garotinha desconhecia parecia se mover rapidamente
dizendo:
“Queime
junto a nossos pais.”
Um vulto
tocava em Luce fazendo-a apagar. Lucinda se desperta estava em seu quarto no manicômio,
suas vestes brancas da enfermaria ainda colavam-se ao corpo, deitada no chão apertava
uma boneca em seu peito. Luce apavorada lança a boneca ao chão fazendo a boneca
repetir:
“Vou pegar
você.”
A fez pensar
que tudo foi real.
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