Capitulo 5
Memórias perdidas.
Uma precipitação de balões coloridos e
pequenos sorrisos raiavam no dia 10.05.2008, era seu aniversário completava
seus 10 anos, as crianças corriam livres com o gostinho doce que ainda restava
em suas bocas, Luce com seus cabelos louros como mel e olhos azuis como tinta
aquarela, carregava os traços da mãe saltitando de passos leves.
O jardim da casa dos Lerman fitava-se
rosas brancas que reinavam no reino das copas, tão belas quanto Luce que as
cuidava com tanto afeto, suas mãos suaves tocavam as pétalas com tanto carinho
que ouvia-se grunhir o puro agradecimento. Toda manhã Luce voltava-se para o
jardim com sua pequena irmã Mabel, uma boneca de bochechas coradas e lábios grossos
que se podiam ver cerejas por consequência de sua cor, era cinco anos mais nova
que Luce seu cabelo era comprido levado por uma enorme trança amarelada, que
bagunçada por seu irmão Filipi Lerman um
inspirado a Einstein que vivia carregando um livro entre braços, tinha seus míseros
7 anos mas obtinha obsessões para
dominar o mundo com uma capa vermelha e um pedaço de pau de sabugueiro que por
sua imaginação passava-se por uma espada, e se caracterizava como um guerreiro
em sua batalha, Luce vivia contente e satisfeita, pois obtinha relações afetivas
e não vivia sozinha, mas havia muita coisa que a família de Luce concluía-se
banalidade, frases com meio versos, historias mal contadas e baús subterrâneos.
Com o passar do tempo Lucinda passava a
ser mais amada, quando Lucinda chegava da escola, abria as cortinas empoeiradas
do quarto para que o sol iluminasse os cômodos, com cuidado abria as janelas
para que o vento sucumbisse e tocasse seus membros e levasse os papeis
promovendo uma desordem. Lucinda venerava escrever em seu diário e fazer
desenhos distintos, mas o que Luce não compreendia era o porquê precisava
visitar um medico cada vez que perdia sua respiração, e após acordava em uma
sala pequena cheia de preocupação que derrubava as paredes sobre mim.
O dia tinha sido longo, Luce ganhara uma
grande quantia de presentes, entre eles livros e algumas tintas para que
pudesse libertar seus dons artísticos de um pequeno prodígio, mas entre esses
presentes avistava-se uma boneca, uma boneca velha e amedrontada, com vestido
que parecia de cor rosa desgastado, e tranças laterais que se assemelham as de
Luce, havia uma carta com características pobres que parecia sido tirada da
terra ou achada aos chãos, na carta recitava as seguintes palavras escritas com
uma caneta com ponta extremamente fina.
“Dora esta
pronta para nascer, deixe-a viver, deixe-a refletir em seu reflexo.”
Quando
pequena Luce abre o envelope surrado, estremecia, a ponta de seus dedos
congelavam e a boneca recitava:
“O espelho
de Luce, o espelho de Luce, o espelho de Luce.”
E
sinistramente as luzes de apagaram.
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