terça-feira, 5 de junho de 2012

Capitulo 5


Capitulo 5
                   Memórias perdidas.
  Uma precipitação de balões coloridos e pequenos sorrisos raiavam no dia 10.05.2008, era seu aniversário completava seus 10 anos, as crianças corriam livres com o gostinho doce que ainda restava em suas bocas, Luce com seus cabelos louros como mel e olhos azuis como tinta aquarela, carregava os traços da mãe saltitando de passos leves.
     O jardim da casa dos Lerman fitava-se rosas brancas que reinavam no reino das copas, tão belas quanto Luce que as cuidava com tanto afeto, suas mãos suaves tocavam as pétalas com tanto carinho que ouvia-se grunhir o puro agradecimento. Toda manhã Luce voltava-se para o jardim com sua pequena irmã Mabel, uma boneca de bochechas coradas e lábios grossos que se podiam ver cerejas por consequência de sua cor, era cinco anos mais nova que Luce seu cabelo era comprido levado por uma enorme trança amarelada, que bagunçada  por seu irmão Filipi Lerman um inspirado a Einstein que vivia carregando um livro entre braços, tinha seus míseros 7 anos mas obtinha obsessões  para dominar o mundo com uma capa vermelha e um pedaço de pau de sabugueiro que por sua imaginação passava-se por uma espada, e se caracterizava como um guerreiro em sua batalha, Luce vivia contente e satisfeita, pois obtinha relações afetivas e não vivia sozinha, mas havia muita coisa que a família de Luce concluía-se banalidade, frases com meio versos,  historias mal contadas e baús subterrâneos.
     Com o passar do tempo Lucinda passava a ser mais amada, quando Lucinda chegava da escola, abria as cortinas empoeiradas do quarto para que o sol iluminasse os cômodos, com cuidado abria as janelas para que o vento sucumbisse e tocasse seus membros e levasse os papeis promovendo uma desordem. Lucinda venerava escrever em seu diário e fazer desenhos distintos, mas o que Luce não compreendia era o porquê precisava visitar um medico cada vez que perdia sua respiração, e após acordava em uma sala pequena cheia de preocupação que derrubava as paredes sobre mim.
    O dia tinha sido longo, Luce ganhara uma grande quantia de presentes, entre eles livros e algumas tintas para que pudesse libertar seus dons artísticos de um pequeno prodígio, mas entre esses presentes avistava-se uma boneca, uma boneca velha e amedrontada, com vestido que parecia de cor rosa desgastado, e tranças laterais que se assemelham as de Luce, havia uma carta com características pobres que parecia sido tirada da terra ou achada aos chãos, na carta recitava as seguintes palavras escritas com uma caneta com ponta extremamente fina.
“Dora esta pronta para nascer, deixe-a viver, deixe-a refletir em seu reflexo.”
Quando pequena Luce abre o envelope surrado, estremecia, a ponta de seus dedos congelavam e a boneca recitava:
“O espelho de Luce, o espelho de Luce, o espelho de Luce.”
E sinistramente as luzes de apagaram.

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